Banalização da Injustiça Social Christophe Dejours | ||
Cap. (1) | Banalização do Mal | (1) O desempregado (primário ou crônico) passa por um processo de dessocialização progressivo e sofre, podendo até chegar a adoecer mental ou fisicamente, pois tem afetados seus alicerces da identidade (p.19); (2) Há uma clivagem entre sofrimento e injustiça. O sofrimento só suscita solidariedade/protesto quando é percebido como resultante de uma injustiça (p.19); (3) Se há resignação pela dissociação de sofrimento e injustiça, então seria isso um fenômeno sistêmico, sem influência? Uma causalidade do destino? Dejours acredita que é exterior ao sujeito (p.20); (4) Ele coloca como um processo de adesão ao discurso economicista, que dissocia a adversidade (sofrimento alheio) da injustiça (p.21); (5) A exclusão e adversidade infligidas a outrem em nossas sociedades, sem mobilização política contra a injustiça, derivam de uma dissociação estabelecida entre adversidade e injustiça, sob o efeito da banalização do mal no exercício de atos civis comuns por parte dos que não são vítimas da exclusão (ou não o são ainda) e que contribuem para excluir parcelas cada vez maiores da população, agravando-lhes a adversidade (p.21); (6) Dejours busca analisar o processo que favorece a tolerância social para com o mal e a injustiça, e através do qual se faz passar por adversidade o que na verdade resulta do exercício do mal praticado por uns contra os outros (p.22); (7) Para Dejours, todos nós (a grande maioria) participamos na banalização do mal (p.22); (8) “Compreender, para Hannah Arendt, é uma atividade sem fim, pela qual nos ajustamos ao real, nos reconciliamos com ele e nos esforçamos para estar de acordo ou em harmonia com o mundo” (p.23); (9) A tolerância social também se deve a toda sociedade que se transformou qualitativamente, com reações diferentes no que tange ao sofrimento, à adversidade e à injustiça. Indignação atenuada, bem como atenuada também a mobilização coletiva em prol da solidariedade. Se há ação coletiva, é mais uma reação que propriamente uma ação: uma reação ao intolerável (p.24); (10) Desenvolvimento da tolerância à injustiça: a falta de reações coletivas de mobilização é que possibilita o aumento progressivo do desemprego e seu estrago psicológico e mental (p.24); (11) Novos métodos de gestão de empresas: questionamento progressivo do direito do trabalhador e das conquistas sociais, acompanhados não apenas de demissões, mas de uma brutalidade nas relações trabalhistas que gera sofrimento (p.25); (12) Denúncias sem conseqüência política, sem mobilização coletiva concomitante que mantém a crescente tolerância à injustiça (p.25). |
Banalização da Injustiça Social Christophe Dejours | ||||||||||||
Cap. (2) | Sofrimento e Trabalho |
| ||||||||||
Cap. (3) | O Sofrimento Negado |
| ||||||||||
Cap. (3) ...continuação... | O Sofrimento Negado |
|
Cap. (4) | A mentira instituída |
| ||||||||||||
Cap. (5) | A aceitação do trabalho sujo |
|
[1] Conjunto de ações de marketing institucional dirigida para o público interno (colaboradores, fornecedores, acionistas, vendedores).